A Quem Lhes Parecem As Videiras...

A quem lhes parecem as videiras

senão às mulheres; belas, fortes,

mas sensíveis. Raízes profundas,

vão ao âmago, ao impossível,

seiva rara que nutre e alimenta.

Espraiam-se em braços e abraços

sem fim, num êxtase de prazer,

buscando espaço, seu justo espaço.

Reinventam-se ao longo do tempo;

despem-se do amarelo ouro que

lhes deixam divinas, para desnudas

fecharem-se em si, até novo despertar.

Aí vestem-se de verde esperança;

esperança infinda de nova vida que

apenas jazia por hora adormecida.

Protegem-lhes as roseiras, com suas

flores, de tantos formatos, perfumes

e cores; somos nós suas roseiras,

guardiões que somos em suas vidas.

O fruto doce entregam, em consentida

candura por nós violada em prazer.

A quem lhes parecem as videiras

senão às mulheres, que por amor

geram, dão vida aos homens, que

lhes são caros, que flertam, seduzem

e conquistam o coração das mulheres.

A quem lhes parecem as videiras...

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 16/01/2018
Código do texto: T6227281
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