Saga do Amor

Já não bastam as nuances da vida

Chega a hora iminente do desapego

Remonta, célere, a hora não resolvida

Que desaba e nos rouba todo sossego.

Vem, embriaga e perverte a nossa alma

Deixa o princípio ardente, toda a chama

Que nos infunde e prende a quem se ama

Belisca, futrica, infere e em nada acalma.

Posto invade o mais íntimo do nosso ser

Inclina-se a mover a lentidão amargurada

Do processo irreversível do bem-querer

Perecível sentimento, oh dor afortunada!

Amar, pois, sugere ostentação indefinida

Caminho trilhado por pares mui alienados

Refuta-se a ideia de saga deveras sofrida

Unificados passos erigindo rumos ignorados.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 13/01/2018
Código do texto: T6225314
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