Saga do Amor
Já não bastam as nuances da vida
Chega a hora iminente do desapego
Remonta, célere, a hora não resolvida
Que desaba e nos rouba todo sossego.
Vem, embriaga e perverte a nossa alma
Deixa o princípio ardente, toda a chama
Que nos infunde e prende a quem se ama
Belisca, futrica, infere e em nada acalma.
Posto invade o mais íntimo do nosso ser
Inclina-se a mover a lentidão amargurada
Do processo irreversível do bem-querer
Perecível sentimento, oh dor afortunada!
Amar, pois, sugere ostentação indefinida
Caminho trilhado por pares mui alienados
Refuta-se a ideia de saga deveras sofrida
Unificados passos erigindo rumos ignorados.