O NOME DO HOMEM QUE EU AMO.

Quando pronuncio o nome dele

Em uníssono sussurram as vogais

O canto que só a água cristalina

Entoa ao correr calmamente

Depois da queda da mais alta cachoeira.

Quando pronuncio o nome dele

Sinto que a brisa se robustece

Agitando, em dourados mastros,

As letras que parecem flâmulas

Ornamentos de antigos festivais.

Quando pronuncio o nome dele

Parte o som para o universo,

Os fonemas dispersos se agregam

Nascendo, em perfeita harmonia,

Uma galáxia de letras

Em meio a planetas e sóis.

E na magia da metamorfose,

Vogais e consoantes viram estrelas

Que, tendo a grandeza de Polaris,

Iluminam as minhas noites sem ele.

Quando pronuncio o nome dele,

Sinto-me como Julieta e Rapunzel

Debruçadas em medieval balcão,

A espera de seus amados.

Quando pronuncio o nome dele,

Violinos vibram no ar com emoção,

Levando-me da realidade à fantasia

Para dançar a melodia composta

Pelas muitas letras que formam

O nome do homem que eu amo.