A(Mar), teu mar
Eu, acordando em ti...
Sou assim, moleca em si
Conquanto eterna amante
Do teu beijo molhado em mim.
E de fases em rimas, pura epopéia
Do meu canto sereno
Que embrenha a noite escura!
No canto do teu quarto a convidar-me
Banhando-se nas luzes da lua
Você, segredo do meu íntimo a borbulhar. ..
Dedilha minhas dúvidas
Porque calada te desejo
E em meio ao meu vulcão, tua brasa se subjuga
Não se iluda
Teu fogo ao meu se mistura!
E de danças sinceras, quisera tão certa
Essa noite ser eterna
Pra instigar-me a contento
Querendo sempre mais, dos teus lábios insanos!
Cadê minha sensatez?
Quem sabe escondida na tua tez?
Nós, em nós há soturnas borbulhas
Nesse mar, amar, amor tão sereno
Cujas profundezas terás que desvendar
Mergulhando em mim, só em mim.