Com perfeição
Quero a poesia
Errante
Das noites infantes
E dos calafrios.
Quero o verso mais
Tórrido
E o seu semblante sorrindo
Para mim
Como a um violino
Tinindo as notas sonantes
Em nosso limbo
E a gente juntinho
Brindando à revelia...
Quero a poesia composta
De sílabas imperfeitas
Igual aos nossos deleites
De amor...
Na provocação de um hiato
Na quebra do verso
Sem rima
Quero um eu decassílabo
Para a provocação
Do que nos convém!
Quero o não querer
E o que não é dito
Subjetivamente
Quero
A linguagem da conotação
Entre as línguas
E o meu coração sangrando
O verso poético
De falar de amor
Com perfeição.