Tempestade
Trazes a tempestade.
O mundo vem de ti pastoso
e a língua molha, devagar, o mel das fragas.
A terra ainda erma mostra pele e mato.
É lava o que me escorre
como se fosse eu monte,
rebeldia, explosão,
a voz rouca a parar o grito.
A seguir à tua mansidão volta o recato
e há noite profunda no meu corpo demitido.