Repetida embriaguez

Dancei a Valsa do meu morrer

Ao meu sofrer bendigo

Não quero o compromisso

De chorar em cada entardecer

Bebi o licor errante

Olhei-a por um instante

Vi-me cair de uma vez

Nessa repetida embriaguez

Rogo ao amor entre tantos

Entre meus desfeitos encantos

Entre os meus repetidos prantos

Entre aniquilados sonhos

Ei de me esvair na solidão

Alheio ao esperar de cada dia

Ser sozinho já me é solução

Ser só me será somente alegria

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 08/01/2018
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