POEMA SEM TÍTULO
As vezes eu sou calmaria
assim, tipo maria mesmo,
não Maria; só... maria.
Eu não sei por que eu sou assim...
Mas eu sou!
Dentro de mim existe uma inquietação incomum...
O que não chega a me incomodar,
sou resignado com meus conflitos de ser ou ser,
de não poder ser como eu queria, condenado a ser eternamente, meio.
Ah se eu fosse meio... Certamente seria o fim!
Mas como eu sou extremos...
Minha linha de chegada é o meio do caminho, até agora.
As vezes eu sou tempestade, chuvas... raios... trovões...
mas tudo não passa de falácia de um coração triste,
louco para corrigir os meus e os seus erros,
mas incapaz das maldades que as revoluções exigem!
Não há nada mais em fúria do que eu.
Eu que devo ser invisível, resolvo logo ser fúria!