DOS MARES VIESTES...
Dos Mares viestes...
Ainda sem vestes, sem nem existir,
E atravessastes o mar incerto, e revolto,
Rumo a um Eu que nem imaginavas...
Oh meu amor, cujo "meo" coração afliges com placidez...
E o adoças com palavras suaves, de sussurros inaudíveis,
De conselhos canções que adoçam minh'Alma,
Das esperanças do beijo teu...
Dos Mares viestes...
Enfrentado um velhote senhorio dos mares,
A gritar: "Vas a casa a esa moza!"
"Vaia á túa nova casa, porque é hora de amar..."
Oh meu amor, que guardas em preguiceiro silêncio...
Todo o nosso amor entre dois mares, vigiados, preservados,
Por zelosos elementais das águas,
Enquanto eu? da terra, dos ares, te vigio nos mares...
Dos mares viestes...
Com vestes invisíveis de além, de além...
Dai-me tua boca morangosa em um beijo halitoso de lavanda,
E deixe que eu perca-me no frio calor de teu corpo meu amor...