A bocarra.
Me coloco na frente do espelho
E olho nos meus olhos.
As pupilas retraindo com a luz,
E nem mesmo eu as entendo.
Me elevo a décima potência,
Assim, eu encaro o mundo.
Eu não quero ser engolido
A bocarra da vida engole a todos...
Mas, no fundo, eu sei que cada um sabe de si.
Mais de sete bilhões de mundos.
Mesmo que o sol seja para todos
Cada um vê ele num lugar diferente.
Não procuro olhar para ninguém
Se não, para mim mesmo.
Pouco me importa, se chamam de apatia.
Só não quero ser engolido pela vida.