Ladrilhando o Coração
Desde a primeira vez que te vi de perto assim,
Tua lábia desfere rojões saborosos a mim.
Tua metralhadora carregada de carinhos.
Por ti meus olhos tornam-se mesquinhos.
Meu batimento cardíaco soa desesperado
Quando passo um dia sem te ter ao meu lado.
É quando lembro do seu jeito carinhoso de ser.
Para te ver, até meu lado sombrio espera o amanhecer.
Mas esse tempo fora do teu alcance
Não me concede mais uma mísera chance.
Há, ainda, esperança em te reconhecer na multidão?
Será se ainda há como ouvir tua respiração?
Sinto-me com uma rua sem pavimento,
Desprotegido e demasiado turbulento.
E só você, precioso e trabalhado ladrilho,
Pode cobrir-me e envolver-me com teu sorriso