Saudação de Ano Bom a todos quantos lerem esta página

A todos os meus leitores e leitoras, e a todo o Mundo, desejo as maiores felicidades!

Saúdo este novo ano que agora entra, com um poema ao gosto de um género poético nascido aqui, na Península Ibérica, nos tempos do Al-Andalus - a MOAXÁ-HA. Apenas me inspiro na 'forma'; não no tipo de linguagem.

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FONTE da TELHA

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[Moaxá’ha]

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A falésia vai adormecer

ciente que o Verão

um dia há-de volver

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Ao de leve, chegou o mês, o nono,

o mês que o Verão retira do seu trono

e suave, docemente, traz consigo o doce Outono.

Na base da falésia, os pinheiros, a crescer,

afirmam aos ventos todos a vontade de viver.

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Caiu a tarde, o Sol baixou no mar;

despediu-se o dia, cansado de cantar,

e a noite traz consigo as horas de te amar.

No alto da falésia, a Lua vem rever

seu reino de sombras onde os sonhos vão nascer.

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[Jarcha (ou Finda)]

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Quando eu era pequenina,

acabada de nascer,

‘inda mal abria os olhos –

já era para te ver.

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© Myriam Jubilot de Carvalho

Fonte da Telha (Praia da costa de Caparica, Portugal), 5 de Outubro de 2017

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A Jarcha ou Finda, é quadra popular portuguesa

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Myriam Jubilot de Carvalho
Enviado por Myriam Jubilot de Carvalho em 01/01/2018
Reeditado em 01/01/2018
Código do texto: T6213999
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