Te entregues
Vem.
Esquece a angústia que te assola.
Vem, te isola
e aquece a dor da tua mágoa no meu corpo.
Vem, e esmorece tua vida nos meus braços
e deita toda tua verdade em meu regaço,
entrega a mim quem tu és, no coração.
Vem.
Faz do teu corpo, no meu corpo a morada
da mais silente, bela e forte madrugada
que tu tiveste, à procura de emoção.
Vem.
Deixa que a lua ilumine a claridade,
que nessa farta calmaria te consola
e vem do amor, que tua face extrapola,
Depois do amor que conheceste em minhas mãos.
14.09.1980