AMOR ANTROPOFÁGICO

Por que eu procuraria um amor?

Se eu já te encontrei há tempo,

Ou será à tempos?

Sabe, eu descobri que te amar, é só meu,

E nada tem haver com retribuição ou não,

Basta que eu te ame, assim, gritando por dentro...

Por que eu procuraria um amor?

Se você está tão perto de mim que,

Chego a ser metade de ti...

E como eu poderia te esquecer se teu perfume,

Evapora de teus poros, junto com teu desejo por mim,

É, eu não sou "lugar comum"... eu noto sua aflição tesão...

Por que eu procuraria um amor?

Se eu te amo, se tu me ama,

Mesmo que nenhum de nós saiba por quê...

Mas que mania chata esta de querer compreender,

Aquilo que não deve ser compreendido,

Só sentido... Se é este seu único sentido...

Por que eu procuraria um amor?

Se você está na esquina do mundo,

Melhor... no mundo em mim...

Este amor; te incomoda,

Mas eu também sinto isso,

Uma angústia... Querer e não poder...

Por que eu procuraria um amor?

Se você está aqui, nos meus rabiscos,

De teus traços, a pastel, só meu...

Estas escrita em mim,

Nas palavras que lanço no ar,

Na tentativa de te reencontrar...

Por que eu procuraria um amor?

Talvez por que Deus te levou,

Ou por que Ele disse não...

Azar o meu,

Sorte a sua que tem o meu amor,

Aqui, te esperando para jantar... ritual antropofágico de amor...

Chego a ser metade de ti...

Chegas a ser metade de ti...

Por que coincidências, só existem na denegação mútua...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 27/12/2017
Código do texto: T6209358
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