À Deriva de Amor
Navego o barco da vida
num turbilhão de emoções,
depois que cortaste as amarras
que me ligavam ao teu cais.
Você meu porto seguro,
já não te avisto mais,
em meio ao escuro
e sem ver brilhar o farol
dos teus olhos.
Estou à deriva,
à deriva de amor
e nem mesmo a cor
e a beleza da flor
dão sentido ao meu verso
se estou à deriva de amor.
Náufrago em meus sentimentos,
suporto o tormento de olhar
para um horizonte vazio,
vendo tanta, tanta imensidão,
acerca-me a solidão,
arrasta-se o tempo,
sofre o coração...
Já não sei se é nostalgia
ou talvez dependência,
mas o mar que me leva
arrasta o barco
para longe do cais
e aí, aos poucos, afasto-me,
mesmo que sinta saudades
e ainda olhe para trás...