CLAVE DE SOL
lisieux
(Para Paulo Camelo e Reinaldo Luciano)
Me apóio na trave
da porta da rua,
olhar acompanha
teu vulto que some...
A sombra se estende,
beirais das calçadas,
paredes pintadas
soletram teu nome.
De longe, me acenas,
adeus sem palavras.
No ar teu perfume
insiste em ficar.
Meus olhos apenas
te seguem, sem lume,
porque sem teus olhos
só sabem chorar.
O som do bolero
percurte na mente,
em ré sustenido,
em fá, mi-bemol...
e eu fico, demente,
o peito sangrando,
o amor espremido
na clave de sol.
Beijocas, meus poetas
lis