Perdão!

Vi crescer todas as violetas de flébil cetim

na palpabilidade dos dedos de marfim,

Granidas como joias delicadas na poesia

igualmente febril e cortês!

Na cegueira das digitais permite saltar sem rede!

Perdão! Sonhareis com os dialetos das estrelas,

Sonharei com a febre escondida no regaço...

…mesmo que a nudez seja friorenta…

Aconchegando-me em zibelinas espessas

no sonolento castigo da solidão ártica da solidão.

Os éteres das morfinas e dos ópios serão visíveis!

As nostalgias poéticas serão guizos de prata

e lantejoulas em mão de pobre!

E a lua viciada nos ócios de uma escrivaninha vazia

será onde o luar se vulgarizará...

Os beijos…os teus beijos queria-os de tule púrpura

transparecendo toda a magia e inocência que

beijo deve ter...

Perdão...

Febo
Enviado por Febo em 22/12/2017
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