Ai, Que Vontade!
Toda Vez
Que a vontade me invade
Eu lhe pego de jeito para matar a saudade
Toda vez que mato a saudade
Mando embora aquela vontade
Mas sei que volta, à noite, bem mais tarde.
Toda vez que recordo meus beijos
Que choro baixinho sem ninguém saber,
Toda vez que abro meus braços
Para prender nosso corpo em abraços,
Quem chega primeiro
É a vontade de você
Por isso, toda vez,
Que a vontade me invade, volto no tempo
Da dor e da saudade, sangrando e largado
E lá a gente se encontra apaixonado
Afinal, toda vez que a vontade grita
Voraz e sentida, à cama ela volta,
Rasgamos os panos, soltamos gemido
Saliente, perdido, ligeiro e audaz
Dizendo: que vontade de você...
E que o nosso amor é tão forte
Mais forte que a própria morte.