* Término de uma poesia empoeirada *

"...Soprarei contra o vento,

E farei chuva de estrelas cadentes.

Me reconecto com seu convexo,

E sinto coisas estranhamente ditas.

Palavras que fogem

Ante ao meio da sinfonia que toca.

E o que me toca,

Soa como Silence de Beethoven.

Pressinto em meio ao caos que me consome

Um universo de colapsos profundos,

E conhecendo teus mundos

Me mudo para cada um deles.

Faço de teu corpo

Meu abrigo e morada

E na escura noite

Fria e calada,

Faço apenas ouvir de teus gemidos.

E na angustia dos sentidos.

Calo tua boca com a minha,

Beijo tua língua,

E coloco-te para dormir.

E num esboçar do sorrir

Navego por entre tuas linhas paralelas,

Entre mãos e pernas,

Entremeios e porvir.

E na fissura de entre(laços),

Me aqueço em teus abraços

E rimo todas as juras de amor.

E, no calor de tuas chamas

Que acende esse meu pavio

Peço que digas que me ama

Só para no então

De tua pele

Me cobrir.

Lastimo os tempos perdidos,

As eras de espaços distantes

Que distanciaram nossos tempos e universos

Âmbito de dois seres inacabados

Que esperam no agora

Silenciosos e calados

A era que apagará toda a distância

E pelas concordâncias

Faremos de um caminho

A nova estrada percorrida...

E na anunciação,

Garridas serão as fortunas

E de infortúnios,

Apenas.......

O tempo da solidão...."

(... ) E no "até que enfim", a conclusão de uma poesia engavetada a anos.

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 06/12/2017
Código do texto: T6191934
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