* Término de uma poesia empoeirada *
"...Soprarei contra o vento,
E farei chuva de estrelas cadentes.
Me reconecto com seu convexo,
E sinto coisas estranhamente ditas.
Palavras que fogem
Ante ao meio da sinfonia que toca.
E o que me toca,
Soa como Silence de Beethoven.
Pressinto em meio ao caos que me consome
Um universo de colapsos profundos,
E conhecendo teus mundos
Me mudo para cada um deles.
Faço de teu corpo
Meu abrigo e morada
E na escura noite
Fria e calada,
Faço apenas ouvir de teus gemidos.
E na angustia dos sentidos.
Calo tua boca com a minha,
Beijo tua língua,
E coloco-te para dormir.
E num esboçar do sorrir
Navego por entre tuas linhas paralelas,
Entre mãos e pernas,
Entremeios e porvir.
E na fissura de entre(laços),
Me aqueço em teus abraços
E rimo todas as juras de amor.
E, no calor de tuas chamas
Que acende esse meu pavio
Peço que digas que me ama
Só para no então
De tua pele
Me cobrir.
Lastimo os tempos perdidos,
As eras de espaços distantes
Que distanciaram nossos tempos e universos
Âmbito de dois seres inacabados
Que esperam no agora
Silenciosos e calados
A era que apagará toda a distância
E pelas concordâncias
Faremos de um caminho
A nova estrada percorrida...
E na anunciação,
Garridas serão as fortunas
E de infortúnios,
Apenas.......
O tempo da solidão...."
(... ) E no "até que enfim", a conclusão de uma poesia engavetada a anos.