Tão distante... Tão perto.
Sandra M. Julio
Tão distante...
Não imaginas a existência deste amor
Vagando na amplitude... Na magnitude das eras.
Ecoando no silêncio de grandes catedrais
Na fé emergente de cada oração.
Tão distante...
Esta mágica comunhão cósmica
Transborda no vazio que visto, então...
Liquefaço realidades transcendentes, e
Nos recônditos da minh’alma encontro-te onipresente.
Tão distante...
Não necessito toque para sentir-te.
Não preciso olhos para ver-te.
A harmonia permeia este amor,
No desequilíbrio da saudade.
Tão distante...
Tão presente...
Descubro nas impenetráveis linhas do tempo
Escritos, entrecortados de silêncios.
Onde a realidade veste-se de fantasia
Soletrando perenes recordações.
Tão distante...
Tão presente...
Neste tortuoso e delirante devaneio
Busco insondáveis retalhos de ti.
Aprisiona querências insatisfeitas
Na essência d’alma.
Tão presente...
Busco-te nas estrelas...
Entre saudade e realidade.
Para que se cumpra o destino
Soletrado em versos de felicidade.
Tão presente...
Busco-te nos braços do vento...
Quando o sinto em cada pensamento.
Busco-te nos lábios da noite, a cada momento...
Em que perpetua alegria em cada pensamento.
Sandra
05/02/05