Advento
Sempre assim:
um fantasma sorrateiro
descobre-me na escuridão
e me assombra
nua em pelo.
Ainda quando se pensa
vívida a liberdade,
o fantasma aprisiona-me o corpo,
a alma e o coração...
- e não há mais paz!
É certo, todas as noites de dezembro,
alma errante vaga em sonho,
até mesmo acordada,
prisioneira desse amor fantasma.
E de mansinho desperta
Para, no calendário,
à hora marcada,
anunciar esse amor em advento.
Paula Belmino