A beleza despertada

A beleza modesta

Em pequena fresta

Essa surge plácida

Nas águas límpidas

No rio a refletir a face

Da moça em leve realce

Há de se ir na fonte

Bem atrás dos montes

Onde há os mananciais

Salvo de devaneios carnais

Lá no seio da natureza

Sentir a remota pureza

O eflúvio doce e jovial

Da donzela não tocada

Em sua boca virginal

Sedenta de ser beijada

Assim a beleza irromperá

E sua imponência se verá

Quando o amor amanhecer

Feito em sol em prata

A expurgar todo perecer

A tal solidão que mata

Só assim a beleza rústica

Será uma verdade acústica

A ecoar no coração do homem

desconhecido cujo nome

É uma minúncia irrrelevante

Ao singular instante

Em que há gritar ao mundo

O bem-querer profundo

A tão cândida menina

Cuja beleza outrora

Era vista pequenina

Como a tímida aurora

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 01/12/2017
Código do texto: T6187305
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