Obnubilado Amor
Não sei mais o que fazer
Vou caminhado a esmo
Mirando passos adiante
Passos ao lado
Passos para trás
E volto sempre ao mesmo lugar
A lembrança do teu cheiro
Das mentiras e do afeto
Me mantêm nesse torpor
Não me faltam pernas
Me falta o caminho a trilhar
Obnubilado amor de perdição
Por vezes não cabemos em nós mesmos
A alma almeja se lançar na imensidão
E o corpo se torna uma insuportável prisão
Por isso eu sigo a caminhar
Inebriado por lembranças complexas
Imagens num caleidoscópio caótico
Impressões turvas em óleo ou guaxe
Dissipo nuvens a cada passo
E quanto mais caminho para longe
Mais me aproximo de voce