És-não-és
Tudo está indo com o vento
Desde daquele único tempo
O amor secou ou foi você que nunca amou?
Então,
Derrama-me feito um líquido qualquer!
Deixa-me prostado ao chão imundo!
Olhe para cá, veja o que fizestes...
Imiscíveis temos sido por orgulhos tolos
Caímos em desprezo, isso é inegável
Não culpo você... culpo o tempo...
Amamos suplantados pela hipocrisia
Agora, o que é que faremos? as horas não retrocedem...
As falhas não se transmutam à acertos...
As dores não sanam, amenizam apenas...
O que ficou lá atrás viverá como um fantasma?
Podemos mudar essa história?
Ah não ser que joguemos de vez
Todo esse intrínseco rancor
Mas para isso teremos que -tentar
Unicamente - tentar mais uma vez
Entremos em uma última consonância
És-não-és, pois lúdico não mais serás...