Não me arrependo de você
NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ,
MESMO QUE PAREÇA ME ARREPENDER,
NÃO LAMENTO DE TER IDO,
NAQUELA NOITE TE VER.
JÁ ERAM VINTE E DUAS HORAS,
AGORA TANTAS OUTRAS JÁ PASSARAM
E AQUI ESTAMOS,
EU E VOCÊ. 

NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ,
QUANDO TE VI ALI SENTADA, DEPOIS DE ANOS,
NAQUELA CADEIRA À BEIRA DA CALÇADA 
TENTANDO ESCONDER
SEU NERVOSISMO A ME VER.

NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ,
QUANDO O MEU NERVOSISMO
TENTAVA DE TI ESCONDER,
NAQUELA NOITE,
NAQUELE LUGAR
ONDE TINHA TE CONHECIDO
E ESTAVA ESQUECIDO ATÉ TE REVER.

NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ,
AO MENOS QUE ASSIM VOCÊ O FAÇA
QUERENDO ME PERDER.
AINDA ASSIM NÃO ME ARREPENDERIA,
SÓ IRIA EMBORA PARA NUNCA MAIS TE VER,
E SOMENTE NAS LEMBRANÇAS PERMANECERIA,
LEMBRANÇAS QUE DESEJARIA APAGAR, ESQUECER. 

NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ,
POIS HÁ UM ANO,
MESMO COM ALGUMAS DISCUSSÕES E BRIGAS,
O SORRISO PREVALECE,
A ALEGRIA ACONTECE
QUANDO TEU ABRAÇO
E TEU CHEIRO
SINTO EM MEU CORPO
ATÉ AMANHECER.

NÃO ME ARREPENDO DE VOCÊ
E TORÇO, LOUCO, PARA QUE EU PROCLAME
TODOS OS DIAS ESSE POEMA,
QUE SEJA SEMPRE MEU FUTURO ESSE PRESENTE, PRESENTE DO ONTEM, O HOJE,
SEMPRE PORVIR.
(JHC, 2017)