E Hoje o Dia
É Hoje o Dia
Sinto o rigor da pedra,
a alma do tempo,
a voz.
Sobra este vento,
o assobio que fica a doer.
O que se faz à dor podre, já vazia?
Ah meu amor de um dia,
murmúrio de ave,
canto dolente que se oferece
a quem queira beber sangue,
beijar a boca fresca dos lírios,
bater à minha porta de afeto inventado.
Vem.
É hoje o dia e esta a hora.