Recusa

Quando conto as estrelas

nestes rios que desaguam

padeço em suas nuances

como dama-da-noite perfumada

que um só cheiro deixou.

Meus olhos tenros de agruras

sufocados como o coração

seu último frescor insinua

da dama-da-noite a paixão!

Quando conto as estrelas

perco-me tolo em fantasias

aprendo o beabá da vida

na insolente arapuca

sentimento frio e sacana

que empobrece a pureza

enriquece a vida pelo não!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 26/11/2017
Código do texto: T6182945
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