Casulo

Sonho acordada

o tempo quase imóvel,

nessa lembrança viva

feito chama a arder.

O amor em mim cicatriz

numa lágrima diz

ainda se pode ser livre, e voar

na nostalgia de um beijo ao luar.

O tempo quase invisível,

transporta minha alma

leve feito libélula

na tua mão a pousar.

Enclausurada nessa lembrança

de me ver em teu olhar

me deixar feito flor

no teu colo desabrochar.

Uma libélula livre,

minha alma a sonhar.

a flor de teu amor

encontrar.

Me desperta a lágrima

e a cortina do tempo se desfaz

resta só o devaneio

apenas minha alma a voar.

Na saudade.

busca tua boca, teus olhos

teu coração:

o casulo

onde minha alma quer descansar.

Paula Belmino