MADRUGADA
Na janela da vida a madrugada chora
No soluço de sua falta
A asa da noite estrelada voa
Ao deserto do coração tutor
Grita a saudade no turvo peito
De súbito um toque a porta
Diante se sua face parei
Os olhos do céu piscou
Uma luz brilhou nosso olhar
Ao despertar o bem querer
O nosso secreto sentir
No branco dente de leite
Um sorriso a existir
No provar da uva e do vinho
Que derrama sobre nós
O delicioso sabor real
A noite voa no frio do vento suave
Inverno chuvisco de amor
Encontro alento em seus braços
A madrugada lua cheia reluz
O cavalo e o cavalheiro sorrir
Iluminando nossos sonhos suprir
Solta a voz do turvo poético
Na asa da noite que voa
Jorra chuva de afeto e amor
Que molha o nosso viver
No toque de suas mãos
Na mão do grande Eu Sou.
Tânia M de J B de Melo