Púrpura das Papoulas

Meus olhos bailam na púrpura das papoulas:

é dia de colher o mel da tua boca carmesim

fitar tuas pupilas, duas brilhantes lantejoulas

inebriar-me com teu sorriso, de puro marfim.

Teu abraço circunda meu explorado universo

o teu hálito contém os frescores das auroras

meu amor, amor meu, em ti eu me ingresso

a perder a noção do crucial passar das horas.

És minha, sou teu, jamais haverá o abandono

do meu querer-te, teu gostar-me, isto jamais

alinhavamos muito bem a teoria do nosso sono

que é sonharmos juntos e sem volvermos mais.

Avilta-me a ideia sequer um instante esquecê-la

isto soaria para mim em imperdoável desatino

seria como desagregar do céu fulgurante estrela

e atirá-la profundamente no poço do meu destino.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 22/11/2017
Código do texto: T6179532
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