Púrpura das Papoulas
Meus olhos bailam na púrpura das papoulas:
é dia de colher o mel da tua boca carmesim
fitar tuas pupilas, duas brilhantes lantejoulas
inebriar-me com teu sorriso, de puro marfim.
Teu abraço circunda meu explorado universo
o teu hálito contém os frescores das auroras
meu amor, amor meu, em ti eu me ingresso
a perder a noção do crucial passar das horas.
És minha, sou teu, jamais haverá o abandono
do meu querer-te, teu gostar-me, isto jamais
alinhavamos muito bem a teoria do nosso sono
que é sonharmos juntos e sem volvermos mais.
Avilta-me a ideia sequer um instante esquecê-la
isto soaria para mim em imperdoável desatino
seria como desagregar do céu fulgurante estrela
e atirá-la profundamente no poço do meu destino.