UM FUSCA VELHO AMASSADO
Por quê, que coça a minha mão
Se não tem nenhum tostão
Pra que eu possa receber
Sou um pobre pinto pelado
Num fusca velho amassado
Pelos botecos a beber
Porque a mulher me abandonou
Só um recado deixou
De baixo do travesseiro
Diz que encheu o saco de mim
Que sua história chegou ao fim
Com este poeta seresteiro
Que trabalho não é o meu fraco
Que não passo de um velho caco
Que já não sirvo mais pra nada
Ô meu lindo cacho de flor
Se eu bebo é por tanto amor
De feliz por ti querida amada!
Escrito as 13:56 hrs., de 20/11/2017 por
Nelson Ricardo