Um conto de amor
Dia cinzento
Homem que adentra.
Solidão que ecoa.
Amor que em silêncio grita,
Clima que mais frio fica.
Paixão que se perde na neblina...
Vivendo que a vida ensina;
Caminhe seja qual for o clima.
.
Quando a vejo lá em cima
Na calçada úmida você descia
A face nunca presente
Escondia o sol o jeito de felina
.
Introspectivo dentro de mim
Questionava com deleito
Existência doutro mundo
Numa procura sem ter êxito
.
Quando a vi, eu, sem relutar,
Mundo dentro doutro mundo
Nasceu perante meu olhar.
.
Embaixo do orvalho da roseiro
Com fone de ouvido toda 'contentona'
Té que parecia uma dama
Um jeito que gama, inflama...
Encorreou na folha úmida
Esborrachando-se na lama
.
Quando de súbito sem relutar
Rachei o bico sem parar