MINHA TIMIDEZ...
Resido na solidão, que procurei para mim.
No meu dar-se não reparei o teu querer.
Fui te amando e cada vez mais inebriado
Com tua maneira de sonhar, sorrir e viver.
Não entendia quando me querias e acenava,
A timidez trazida da infância dava-me medos...
Protelava sinais que me abririam para ti ter.
Porém hipnotizado possuía meus arremedos.
E te observava passando a me deslumbrar,
Queria alcançar-te mas fugia a me atormentar.
E mesmo chegar-me a te, apenas pretendia.
Eras um tesouro que eu não ousava tocar.
E assim vi sonhos morrerem por minha causa,
Vi dezenas de primaveras por mim passarem,
Vi a paz na tua face. Perdida em outros braços.
Liberto-me então, coração e alma voo a alçarem!