Doce Esperança
Quisera eu poetizar flores,
E florescer apenas poesias.
E que a felicidade não fosse esperança,
Mas que os sonhos fossem apenas achados.
Quisera eu que o beijo, embora breve,
Tivesse o sabor da eternidade,
E que a saudade que ora machuca,
Tivesse peso que fosse leve.
E que o amor, que hoje inspira,
Seja real, embora se negue.
Quisera eu possuir o verbo certo,
Para que a vida que traz os dias,
Possa ter apenas afeto.
Quisera eu, revelar meus segredos,
Daquilo que foi, que é, e será,
E descobrir a razão do meu medo,
Porque quem ama, só sabe o que é amar.