ASTÚRIAS

ASTÚRIAS

Onde estão as taças...

Onde está o vinho...

Onde está você,

Que se perdeu de mim,

Onde está o meu peito,

Onde estão meus sonhos...

Mande-me uma carta...

Mas não ponha nela seu endereço,

Fique com as taças e com o vinho,

Descobri que é bem melhor viver sozinho,

Fique com meu peito também,

Não preciso mais de um coração,

Mas me devolva os sonhos,

A aurora,

E o meio do dia,

Para que eu não me lembre do meio da noite,

A poesia você não levou...

Permaneceu guardada,

Talvez não gostasse de poesia,

Ou a poesia nunca gostou de você,

Eu sinto por aqueles a quem a poesia despreza,

Pois podem ter aprendido tudo,

Menos aprendido a viver.