HÁLITO MAVIOSO DE FLOR

HÁLITO MAVIOSO DE FLOR

Em meio a tarde,

o vento passa

e sinto um perfume antigo,

igual ao teu hálito

mavioso de flor,

que provo cada vez

que te beijo,

em nossos abraços amorosos

sobre a relva macia,

tendo como cúmplice,

apenas o silêncio

do ambiente campesino.

Não importa

o tempo que estamos juntos;

importa sim,

as nossas vivências

sempre enamoradas,

como se o tempo não passasse

em nossas vidas;

como se as horas fossem

só para nós,

fossem exclusivas para o gozo

do nosso delicioso amor.

Sabemos que os nossos

beijos nos causam excitantes

arrepios, e as nossas

carícias então, nos enchem

de desejos voluptuosos;

mas como não existe em nosso

amor, a malícia da paixão

mundana,

fazemos da relva fresca,

algo que semelhe ao calor

amoroso da cama aconchegante;

e, em meio ao olhar

inócuo da natureza (ante a beleza

dos nossos corpos desnudos),

nos amamos naturalmente.

E é sempre assim:

em algum raro momento

que não estou contigo

(jamais deixo de pensar em ti),

se acaso passa o vento

deixando-me alguma fragrância,

associo-a

ao teu hálito mavioso de flor;

e quando estamos juntos,

renovamos os nossos bons instantes

sentimentais,

supondo retermos só para nós,

o tempo precioso das horas,

no deleite

de nossa cumplicidade amorosa.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 17/11/2017
Reeditado em 25/09/2021
Código do texto: T6174118
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