Ausência
Hoje recolhi-me ao vazio...
Esse estado de melancolia,
Transpunindo minha' alma
Num caminho sem volta.
Onde a saudade é essa
Constante amargura, que
Invade o meu ser, nessa
Calmaria de silêncio... assim
Segredam-me os sonhos, que
Por um instante, tornam-se
Donos de mim, os quais
Empalidecem o meu ser, infelicitando
Minh'alma por dentro.
Hoje recolhi-me no vazio...
Mas se por acaso, esse estado de melancolia
For você, que habite como abrigo em mim
Para que eu sinta na alma,
Esse vazio transformado em você.
Obrigada nobre poeta Paulo da Cruz, sua presença sempre me honra!! Belíssima, show!
VAZIA AUSÊNCIA... ATÉ QUANDO A SUPORTAREI?
Contemplo neste instante o céu noturno
E minha imaginação navega... voa... flutua...
Ah, como, pois o seria, este ilimitado universo... sem nada?
Sem o sol?...
Sem a lua?...
Sem as estrelas?...
Sem os sonhos?
Sem os desejos?
Sem os fantasmas de nossos infantis medos?
Sem as lembranças?
Sem as esperanças..., ou sem a Esperança?
Sem amor?
Sem eu?
Sem tu?
Sem os outros (se é que os outros existem e que não seja eu mesmo)?
Enfim, sem ninguém?
Apenas o uno... sem o verso... (ou sem os versos)?
E de repente, uma viva angústia em mim se inicia
E se apodera de minh’essência... totalmente
Impossível reprimi-la...
E então... como tudo seria?
Todavia, fato que assim deveras fora então um dia!
Um dia?
Ah, na verdade, anos... décadas... séculos... milênios...
Antes do mundo... ser mundo
Antes do tempo... ser tempo
Antes de tudo... ser tudo... o que se é
Oh, por quanto tempo Deus suportou viver sozinho...
Na ausência de tudo... e de todos?
Aquele que sempre existiu
"Sempre"!
Que palavra difícil de digerir...
De imaginar o tempo antes do primeiro pó...
Anterior à primeira faísca...
Enxergar o tempo de frente para trás... infinitamente atrás
Não consigo...
Ultrapassa o meu entendimento... e de qualquer um
Entretanto, assim... era Deus
Aquele que era... que é... e sempre será...
Então, não...
Não permitirei a angústia ser senhora de mim
De forma alguma
Nem me desesperarei
E caminharei...
Ao que fecharei, pois meus olhos
E em minh’alma mergulharei...
Se solitário agora me vejo
Ouvirei tão somente os meus pensamentos
Meus preciosos e sadios pensamentos
Eles me serão companhia...
E, desta forma, não estarei sozinho...
Nem oprimido por meu falso vazio
Pela ausência de tudo...
Porém, ao que minha interrogação me persiste, então eu repito
E insisto em uma resposta:
Por quanto tempo Deus suportou viver sozinho...
Na ausência de tudo... e de todos?
E por quanto tempo eu, simples mortal, o toleraria?
Toda a eternidade?
Não... não sou Deus!
Talvez, o melhor a fazer... é deixar de ser bobo
E lembrar o tempo todo... que sou homem...
E só...
Poeta Paulo da Cruz, 03-12-17
Hoje recolhi-me ao vazio...
Esse estado de melancolia,
Transpunindo minha' alma
Num caminho sem volta.
Onde a saudade é essa
Constante amargura, que
Invade o meu ser, nessa
Calmaria de silêncio... assim
Segredam-me os sonhos, que
Por um instante, tornam-se
Donos de mim, os quais
Empalidecem o meu ser, infelicitando
Minh'alma por dentro.
Hoje recolhi-me no vazio...
Mas se por acaso, esse estado de melancolia
For você, que habite como abrigo em mim
Para que eu sinta na alma,
Esse vazio transformado em você.
Obrigada nobre poeta Paulo da Cruz, sua presença sempre me honra!! Belíssima, show!
VAZIA AUSÊNCIA... ATÉ QUANDO A SUPORTAREI?
Contemplo neste instante o céu noturno
E minha imaginação navega... voa... flutua...
Ah, como, pois o seria, este ilimitado universo... sem nada?
Sem o sol?...
Sem a lua?...
Sem as estrelas?...
Sem os sonhos?
Sem os desejos?
Sem os fantasmas de nossos infantis medos?
Sem as lembranças?
Sem as esperanças..., ou sem a Esperança?
Sem amor?
Sem eu?
Sem tu?
Sem os outros (se é que os outros existem e que não seja eu mesmo)?
Enfim, sem ninguém?
Apenas o uno... sem o verso... (ou sem os versos)?
E de repente, uma viva angústia em mim se inicia
E se apodera de minh’essência... totalmente
Impossível reprimi-la...
E então... como tudo seria?
Todavia, fato que assim deveras fora então um dia!
Um dia?
Ah, na verdade, anos... décadas... séculos... milênios...
Antes do mundo... ser mundo
Antes do tempo... ser tempo
Antes de tudo... ser tudo... o que se é
Oh, por quanto tempo Deus suportou viver sozinho...
Na ausência de tudo... e de todos?
Aquele que sempre existiu
"Sempre"!
Que palavra difícil de digerir...
De imaginar o tempo antes do primeiro pó...
Anterior à primeira faísca...
Enxergar o tempo de frente para trás... infinitamente atrás
Não consigo...
Ultrapassa o meu entendimento... e de qualquer um
Entretanto, assim... era Deus
Aquele que era... que é... e sempre será...
Então, não...
Não permitirei a angústia ser senhora de mim
De forma alguma
Nem me desesperarei
E caminharei...
Ao que fecharei, pois meus olhos
E em minh’alma mergulharei...
Se solitário agora me vejo
Ouvirei tão somente os meus pensamentos
Meus preciosos e sadios pensamentos
Eles me serão companhia...
E, desta forma, não estarei sozinho...
Nem oprimido por meu falso vazio
Pela ausência de tudo...
Porém, ao que minha interrogação me persiste, então eu repito
E insisto em uma resposta:
Por quanto tempo Deus suportou viver sozinho...
Na ausência de tudo... e de todos?
E por quanto tempo eu, simples mortal, o toleraria?
Toda a eternidade?
Não... não sou Deus!
Talvez, o melhor a fazer... é deixar de ser bobo
E lembrar o tempo todo... que sou homem...
E só...
Poeta Paulo da Cruz, 03-12-17