Amor – Adagio ma non troppo (mezzo-forte)
Um cheiro de quarto, um quase toque dúbio
Um terno som eterno
Sabor de quintais, ponto de vista uno
E todo o tempo, nulo
O primeiro passo, segundo intento puro
O ter se dado aos poucos
O quarto minguante, quinta-feira, 13
E todo espaço, nulo
Tuas mãos, teus cachos, teus olhos
Minha vontade, meu distúrbio
Tua vida, nossa vida
E a confusão no meio de algo que parecia constante
E que é constante, de fato
E que é pouco demais na letra
E muito na alma
E que depois volta pra finalizar mostrando que tudo era pra ser assim desde o início
E que essa é a primeira e vai melhorar depois
Na segunda tentativa, na duodécima, talvez
Em um ritmo atrativo, em quatro, cinco ou seis
Na certeza da mudança, no conto, verso ou prosa
Eu, um simples museu vivo, tu, sem-fim, harmoniosa