SEU SERVO

Esborrifante chuva sobre a janela

uma tênue luz entrenublada

pousa sobre a sua tez.

No entrefolhar dos meus grafados

diviso o seu corpo cupidinoso

torneado como fora talhado.

Me resguardo ao seu olhar

ao mendigar-me presencioso

no nascer de um clímax

me torno cativo e seu servo

louvador,me reservo.

Desnudas sobre o meu peito

remansas em mim nas carnalidades

me faço em regalo

extenuado e fatigante

bendigo em seus braços,me calo...