Coração fechado
Em uma terra árida e distante,
Um solitário coração havia,
Fechado como uma ostra,
Para sempre ele decidiu que viveria.
Em seu âmago muita amargura existia,
Tristeza e decepção, um pesado fardo,
Em desistir ele pensava todos os dias.
Entretanto naquele árido solo,
Uma bela flor para ele sempre sorria,
Ao vê-lo ela desabrochava, se abria.
Contrastando com os raios do sol,
Um suave perfume ela espargia,
Aquele duro coração não resistiu,
E para a flor um dia também ele sorriu.
Nessa hora uma explosão de amor,
Por todos os lados foi o que se viu,
O solo deixou de ser árido,
E o universo ficou mais iluminado.
Mas foi uma efemeridade,
E o coração voltou à sua realidade,
A terra de novo ficou árida,
Luz em seu caminho não havia.
Desiludido e não mais sonhando,
De novo ele foi se fechando,
A tristeza e a decepção foram se agigantando,
Assim ele definhou, assim ele foi se matando.