ATÉ QUANDO
Até quando a ferida ainda vai sangrar sem que crie cicatriz.
Até quando terei que fingir ser feliz, enquanto tudo ao meu redor se desfaz?
Que diferença faz continuar agindo como se fosse eu a responsável legítima da infelicidade que lhe cerca?
Se você cercar-se por suas fantasias e tem em seu coração um arame farpado.
Até quando mater-me ao seu lado afasta os meus medos de ir por caminhos incertos.
Até quando ver-te dividido entre o óbvio e a utopia fará dispertar os meus sentidos mais insanos.
Até quando devo amar o que não me assegura? Até quando devo lutar pra obter cura desse amor que não me abastece e não me basta?
Se pra ter você por inteiro, tenho que perder pedaços.
Me diz o que faço?
Até quando tuas palvras ácidas, tal como queimadura, me fará lembrar de quão desnecessário se faz lutar por um sentimento que morreu.