SEM OS CAPRICHOS...
Certo dia entreguei meu coração
carente para alguém que se
apresentou como santa,diferente...
Por isso provei ao longo do tempo
o sabor insípido das lágrimas como
residi na mansão da solidão.
Corri penoso percursos sem qualquer
destino e ao chegar ao derradeiro do nada,
fui coroado com um cansaço interminável.
Atordoado procurei alguma coisa onde nada havia
para amenizar o que sentia, mas a vida indiferente
seguia seu caminho sem se importar com nada.
Vi-me perdido em meio a uma multidão
sorridente e alheio onde experimentei o
gosto fétido do menosprezo.
Até a lua com seu tapete de estrelas que me
socorriam com sua beleza passaram a exibir
eternos eclipses como sendo seu labor cotidiano...
Hoje tenho a companhia de minha amiga
inseparável chamada alforria, com ela vivo
respirando toda uma vida de bem sem os
caprichos de ninguém...