Indiferença
Deixe-me adormecer na ilusão
De que ao menos por instantes
Nos aproximamos dos deuses
Embevecidos de plena ternura.
Deixe-me guardar a tua imagem
Aquela que vi pela primeira vez
O teu sorriso carregado de paz
E abraços que me acalentaram.
Deixe-me permanecer sonhando
Para que nas tristes madrugadas
Você venha me fazer companhia
Libertar-me da amarga agonia.
Deixe-me e a mesma indiferença
Silenciosa, ácida, triste e dolorida
Vivenciada em silêncio à exaustão
Saberá sepultar o amor, a emoção.
Deixe-me acreditar que o tempo
Que um dia te trouxe no outono
Me ensinará suportar o abandono
E a realidade de seguir sem você.
Ana Stoppa
Deixe-me adormecer na ilusão
De que ao menos por instantes
Nos aproximamos dos deuses
Embevecidos de plena ternura.
Deixe-me guardar a tua imagem
Aquela que vi pela primeira vez
O teu sorriso carregado de paz
E abraços que me acalentaram.
Deixe-me permanecer sonhando
Para que nas tristes madrugadas
Você venha me fazer companhia
Libertar-me da amarga agonia.
Deixe-me e a mesma indiferença
Silenciosa, ácida, triste e dolorida
Vivenciada em silêncio à exaustão
Saberá sepultar o amor, a emoção.
Deixe-me acreditar que o tempo
Que um dia te trouxe no outono
Me ensinará suportar o abandono
E a realidade de seguir sem você.
Ana Stoppa