Entre o saco plástico e o vento

Uma Noite que se passou vagarosamente

Prescindia de lágrimas porém ela sempre vem

De certo modo preenchendo lacunas

Do que se conhece como, gostar de alguém

Eu disse pra ela , o que eu via e sentia

Dos arrepios e desejos que me escapa

Me sentei na volta onde já não me cabia

Puxando o ar seco, sentado na escada

A lua era pequena naquela noite

Abstraía meu choro, mas o duro toutiço se iluminava

Criava fisicamente um leve choque

Num toque de alvorada

Sem sono, sem som, nem tremor

Olhei da janela o dia amanhecer

Com medo de sentir amor

Ou finalmente, de fato o conhecer

Cansei de bancar sentimentos frios

O lúgubre já não me seduzia com seu véu

Conheci o calor de um abraço sincero

Aprendi a decifrar as nuvens do céu

E antes que queira atrofiar-se

Pulse , pulse , pulse

Bata, viva , sinta

Não tenha medo...apaixone-se

Não fique entre o saco plástico e o vento

Nos bateram , e não por uma última vez, eu sei

Mas tu revida e é constante

E sobre viver... ainda nem comecei.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 31/10/2017
Código do texto: T6158429
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.