Acompanhado Porém só
Nesta noite fria isolada
Noite de sintonia com a vida; Que revela pureza, beleza e encanto.
Te vejo calado, com o olhar triste e sorriso apagado.
Posso entender suas razões
E te sentir perdido no momento, voando no volante, mantendo a respiração, a direção com responsabilidade e caráter.
A noite compreende seus atos, a estrada compartilha o seu momento, o relógio gira; O transito lento te deixa desprotegido;
Na sede do que te prende.
Seu rosto demonstra cansaço, sua voz rouca
denuncia uma noite mal dormida;
Enquanto que a sua sinceridade; Não traduz a realidade.
Sua aparência não revela alegria, felicidade.
É apenas um homem.
Preso a um sentimento frio; Que não transmite prazer à alma.
Diante do amor escolhido; É um objeto de prazer, de proteção.
Convivendo com cenas que denunciam frieza, ciúme, impaciência.
Amor; ciúme, isolamento, impaciência, traduzindo união de corpo.
Unidos por impactos de um momento;
Num lugar errado; Nos braços da indiferença.
Acompanhado: Porém só...
Porque a sua vida pertence a outros braços;
Os braços que hoje te abraça e que te amassam; São braços frios.
Que não te proporciona à tradução dos sentidos,
que faz bem aos sentimentos.
E que não matam a seda da alma.
Porque almas destinadas a união, não se encontram.
O que é certo. Que vidas se perderam no universo.
Sua alma partiu; Deixando a alma que estava escrita no seu caminho;
Seguiu nova jornada; Se perdeu na estrada.
Duas almas destinadas à felicidade; Se perderam.
E não se encontram. Sua alma vive na indiferença;
Porque a alma que te pertence;
Te busca, te chama a todo momento!
Autor: Elza Marques