O Rambo do amor
Quem não se lembra do personagem Rambo ? No qual lutava por justiça e contra a perseguição étnica. Com muito poder de fogo cruzava florestas, desertos e enfretava batalhões inteiros sozinho. Plantava armadilhas e no final sempre vencia. Muitos foram seus filmes, me lembro adolescente. Assistia no cinema, ingresso e pipoca, grande emoção aguardava iniciar a sessão.
Anos passaram-se mas a lembrança do destemido Rambo ainda existe dentro das fantasias. Homem que resolve tudo sozinho, enfrenta sol e chuva, correntezas que sugam o ar e luta para emergir e viver. A vida é assim, uma luta de conquista solitaria, sem lutar o dia-a-dia nada venceremos. O amor não foge dessa premissa, o Rambo se tivesse amado em seus filmes, enfrentaria seus medos, conflitos e mágoas. Acredito que seria um desafio muito maior que se mostravam nas telas grandes do cinema.
O Rambo do amor, usaria todos seus cartuchos e armas que tivesse a disposição para conquistar quem seu pleito desejasse, uma metralhadora de palavras sedutoras e harmoniosas soariam em seus lábios e timbre grosso calibre. Ao contrário do imaginário dos filmes, o Rambo do amor seria homem, metrossexual, barba sempre bem feita e perfume ao léu do vento que corre a procura de narinas delicadas e sensoriais. Homem galanteador a procura de batalhas a ser vencidas, uma conquista de território cobiçado. Sem hesitar encontra conforto em braços de bela dama, em sua cama traz todo seu furor em amar e sempre deixa a desejar um retorno, parte em busca de novas tentações.
Amor de guerra, a te procurar num campo de batalhas de sedução em um baile de carnaval. Chama de carne que se encontram num atirar de olhos que se confrontam ao despertar da paixão. Quem venceria a disputa desse amor ? Dois galanteadores fulminantes. Encontro marcado no alvo do coração. Todas as técnicas de guerrilha e táticas de amar usadas para adentrar em zonas inimigas. Guerra que não vence em armas e metralhadoras, não se vence quem conquista. Perde-se caso um se apaixone e o amor não conquiste ambos.