Aspirante do amor

Do amor aspiro toda a alegria, aspiro o sossego de uma ternura

Que estimule todo o meu sentir, mas que traga no espectro

Toda força lúbrica do existir.

Sob a sombra de um arvoredo não conseguimos esperar tanto

Pelo espetáculo das águas da ribeira

Docemente seguindo seu curso, ou de nuvens no céu se movendo

Tentando projetar nas alturas figuras afetuosas.

Não nos bastam só o sensual, os segredos da existência

A utopia longínqua, a vaga presença na distância geométrica.

Desejamos ser heróis e protagonistas de uma história de amor

Para não muito nos alongar, o centro das atenções,

Na percepção desvirtuada dos eternos namorados.

Mesmo que no fim da festa um ciclone nos envolva,

Nos enterre. Vale tudo, rosto descoberto e pé no chão.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 20/08/2007
Reeditado em 20/08/2007
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