A LOUCA
A LOUCA
Fumava a vida
E cheirava a felicidade
Era tão intensa
Que as vezes embriagava-se
E caminhava tonta
Sem nunca ter bebido nada
Engolia
Sua sonolência entre palavras
Nunca envelhecia
Nem seu cabelo embranquecia
Sentava no cordão dos sonhos
Fechando as pernas para o mundo
Enquanto masturbava a alma com a arte
(Orides Siqueira)