Rosa solitária



Rosa rosa, solitária rosa,
desabrochada hoje em meu jardim,
abrindo-se plena e espargindo o perfume.
Tua cor-de-rosa preenche a corola,
que em breve será colhida pelo jardineiro
pra completar, talvez, um buquê de noiva,
Ou a coroa de um féretro qualquer.
Não te vás assim tão de repente.
Deixa-me um pouco deste  teu aroma
para que eu possa absorvê-lo,
e ao aspirar este perfume,
como quem aspira um bem da vida,
perpetuarei  em mim a visão desta corola,
para sempre na memória,
como  uma lembrança cheia de vida,
e de perfume e de amor e de paz.



Vinicius Lena - Jornalista e poeta
Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 19/08/2007
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T614843