Amor Vermelho

Sei como amo a tua carne devassa.

Como na pressa é doce o teu andar lento.

Amar é este tormento,

o excesso, o transbordar da cheia,

o arrastar feroz do vento,

o tocar rasante, o olhar aceso,

o instante triste,

o corpo em riste e a fusão de tudo

numa canoa perigosamente à deriva.

Deliciosamente perdida.

Lá onde vamos o amor também magoa

e é vermelho.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 17/10/2017
Código do texto: T6145108
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